quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Se algum dia ouvir falar…

Se algum dia ouvir falar
de um pequeno lugar
sereno, belo e discreto
de Lamego muito perto,
tendo a seus pés o Balsemão a correr
e o monte Dufe ali mesmo a ver,
não é difícil concluir
e de imediato descobrir
é a Póvoa naturalmente;
terra de boa gente
que um dia ali nasceu,
cresceu, amou e viveu .
Mas se nunca de tal ouviu falar
ficará agora a conhecer
se estas rimas ler
a terra e a sua gente
de muitas outras diferente.
Assim, falarei desta terra
do valor que ela encerra
direi quem somos,
como pensamos e como vivemos;
as nossas virtudes
e os nossos defeitos
porque os temos.

Falando da Póvoa

É uma terra singular,
um caso particular
de um povo antigo
acolhedor e amigo
que resistiu ao tempo que passou
e à mentalidade que tanto mudou
sem o seu carácter altera
ou algo em si mudar;
pelo contrário
mostra o mesmo cenário
de um povo medieval
autêntico e sempre igual.
Esta terra também é minha
de todas a rainha
é onde repouso e descanso,
e reponho a memória
da nossa antiga história,
contada nos caminhos,
nos atalhos
e nos velhos telhados.
No granito o homem quisera
gravar a alma da povoação,
e o mesmo fizera
para mostrar o amor à terra
imortalizada em cada habitação;
como de verdadeiro compromisso se tratasse
e assim se honrasse
a memória
da sua história

Falando da sua gente

Amamos a Natureza
descobrimos nela a sua beleza
respeitamos os nossos pais
as plantas e os animais,
a nossa comunidade
grande parte dela já tem idade
e muitas vezes se sente esquecida
e desprotegida,
por quem de direito
alguma coisa devia ter feito,
pois são gente,
que trabalha e que sente,
ou já trabalhou
e vida dura sempre levou.
Somos pacatos
não causamos desacatos
nem criamos desavença
na família ou na vizinhança;
não alinhamos em ditos
ou em conflitos,
não somos gente de maldizer
ou de mal fazer
nem os outros prejudicamos
pelo contrário ajudamos.
Somos prudentes
Consideramo-nos decentes
na nossa forma de ser
de estar e de viver.
Alguns são divertidos
outros mais contidos
também somos curiosos,
frequentemente vaidosos
não em mostrar os nossos trapos
mas antes nos nossos actos;
na nossa honestidade,
e seriedade,
não cobiçamos o alheio,
que é algo muito feio
repelente
e repugnante.
não há grandes empresários
ou consideráveis proprietários,
vivemos o dia-a-dia
tendo o suficiente
para levar vida decente
não precisando de pedinchar
aqui,
ali,
ou em qualquer outro lugar!...

Herminia Gonçalinho

2 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns!
Gostamos muito, muito mesmo.
Continua!

Teresa Costa e Zé Macário

JMOV disse...

Estava em aberto um espaço no site
com o nome "quem somos" Hoje mesmo ficou preenchido, e de que maneira!.Parabens Herminia
Jorge

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