segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Política e politiquices (por Fernanda Gonçalves)

Política e politiquices

Já há uns tempos que sinto uma tremenda revolta centrada no facto de ver a Póvoa entregue a si mesmo, sem coragem política para dela fazer os melhoramentos necessários à qualidade de vida que qualquer ser humano em pleno séc. XXI tem direito.
Cada vez que melhor conheço a política e a minha experiência é mínima, apenas de um mandato com poucos meses de outro, mais revoltada fico com tudo o que vejo. Dei-me ao trabalho de ler as actas do Executivo da Câmara Municipal de Lamego e garanto-vos que me foi difícil, com a falta de tempo que tenho, mas quis ver com os meus próprios olhos tremenda incompetência, dos nossos ditos representantes políticos.
Durante o ano 2005, o nosso dito presidente da Junta, nunca interveio para falar sobre a Póvoa, na Assembleia. Lamentável… nas reuniões do Executivo, a Póvoa somente foi falada porque era necessário aprovar a lei do ruído para se realizar a festa; interessante…como podemos querer e dizer a quatro cantos que a Póvoa, não tem água canalizada, não tem saneamento básico e que a água que se bebe pode estar imprópria para consumo, que a estrada quase parece um caminho de cabras, com buracos quanto baste, onde nem dois carros quase cabem, onde dentro da própria povoação uns têm caminho público para casa empedrado e outros apenas têm lama ou se querem caminho seco têm que pagar da sua algibeira, que foi o caso.
Não me digam que o actual presidente é melhor que o anterior, porque, até ao momento também ele nada fez. As eleições foram no dia 9 de Outubro, desde esse dia que também ele, sempre presente nas reuniões, nada fez ou propôs para melhorias, na Póvoa, pois nem a boca abriu! Isto é zelar pelos interesses da população? Não… Isto é não criar ondas para não ser mal visto e poder subir quanto baste, nas próximas eleições. Assim, não é fazer política é politiquice.
Como é possível o anterior Presidente da Câmara dizer no boletim informativo de 30 de Junho de 2005, que no seu mandato: “procurou a busca do melhor nível de vida de todos os lamecenses, procurou criar riqueza e levou saneamento básico e água canalizada a 95% da população do Concelho de Lamego, das 24 freguesias existentes”. E sabem apenas quem contrapôs esta afirmação? Apenas o Presidente da Junta de Pretarouca, que de uma forma inteligente lhe fez ver o quimérico da questão.
Será que a Póvoa já tem saneamento básico e água canalizada e eu não sei? Será que o novo presidente já focou a questão, resolveu o problema e lamentavelmente não inseriram a sua intervenção na acta? Não acredito!...
Deixemo-nos de brandos costumes e não vamos elogiar aqueles que ainda nada fizeram, à espera que o façam, mas, procuramos insistir que as promessas sejam cumpridas e de forma firme e convicta, exigir o que temos direito, nem que para isso tenhamos todos de ir a uma Assembleia, fazer o que os nossos representantes não fazem.
Amigos da Póvoa, vamos todos fazer o que esperamos há anos, que façam por nós.
Lutar pelos nossos interesses, mas todos juntos.
Espero que se forme esse movimento, estarei presente.
Fernanda

1 comentário:

Anónimo disse...

É realmente verdade que nas actas, nada ou quase nada se tem falado sobre a Póvoa.
Também eu tenho tentado encontrar nestas, alguma das propostas que sempre tenho ouvido serem prometidas nas campanhas, mas de realce nada tenho visto proposto.
Como é normal, sempre que procuro, coloco a palavra “Póvoa”, e o que realmente tenho encontrado, são umas duas ou três referências, das quais nenhuma apresentada, pelos presidentes da junta. Há no entanto uma que foi debatida na “ACTA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LAMEGO, REALIZADA A 26 NOVEMBRO DE 2004” na qual é debatido a continuação ou não do quartel do CIOE em Lamego. É nessa acta apresentada a questão da componente operacional vir a ser instalada na Póvoa ou Juvandes, e logo quem defenda a não saída do quartel de Lamego, não aparecendo uma voz a defender realmente a instalação na Póvoa ou Juvandes. Penso que a instalação desta unidade num desses povos, seria uma mais valia para o desenvolvimento dos mesmos, já que seria necessário fazer um tipo de infra-estruturas que provavelmente nunca teremos se não for com a criação de uma grande obra, mas o que li nessa acta foi realmente o “senhor presidente da Junta de Freguesia de Almacave” , falar na Póvoa ou Juvandes, como locais possíveis de instalação, numa reunião onde também estava presente o Sr presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Souto D’ El Rei .
Sem mais comentários!!!!!!!
Jorge venancio

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