quinta-feira, dezembro 11, 2008

Nascer e Morrer. O Mote.

É verdade; nada se perde, tudo se transforma. Este teu texto veio mesmo na altura certa, para se falar em transformações. Transformar ou pelo menos dar alguma vida àquilo que noutros tempos teve uma vida intensa, e que por motivos que todos nós conhecemos, se foi degradando, perdendo a sua utilidade e que acabará mesmo por cair e ser coberta por ervas, silvas, sabugueiros e outras plantas que os ratos, pássaros e o próprio vento se encarreguem de para lá levarem as sementes, tal como noutros tempos os nossos pais lá guardavam os cereais.
Estou, como é fácil de perceber, a falar de uma eira, conhecida de todos nós, com o nome de “eira dos Gonçalinhos” esta eira que dispõe de uma casa (casa da eira) está como todos nós sabemos, a cair e sem qualquer tipo de utilidade seja para quem for.
Havendo já uma forte vontade por parte de muitos dos consortes desta eira, em quererem dar vida aquela casa, e animar aquela eira tal, como noutros tempos o foi, é chegada a hora de todos dizermos sim, a este projecto. Os mais cépticos estarão já a ver que irão ficar sem o seu quinhão, naquela eira, provavelmente neste momento, com mais de cem ou duzentos consortes, é difícil de se saber qual o seu quinhão, mas fiquem descansados, que bem pelo contrário, o valor aumenta com a recuperação do imóvel.
Pois bem, voltando então ao texto, com o titulo, “Nascer e morrer” e como muito bem diz o seu autor, Kim Kosta, mesmo com a certeza de que tudo o que nasce morre, mas também de que na vida nada se perde tudo se transforma, aproveitemos então esse principio, e sem receios, transformemos a eira, num local do povo e para o povo, uma vez que neste momento a eira já deve pertencer praticamente a todas as famílias da Póvoa.
Não deixemos cair, e transformar-se numa coisa inútil, uma coisa que é de todos e que como tal poderá ter uma utilidade pública que se possa enquadrar nas necessidades da povoação, e de todos os que se encontrando fora, gostam de passar lá uns dias das suas férias.
Animemos então a Póvoa, reconstruindo e dando vida àquilo que noutros tempos foi dos locais mais alegres, onde o trabalho se misturava com as brincadeiras, tanto nas malhadas, como nos serões das desfolhadas de milho.
Jorge Venâncio

quinta-feira, dezembro 04, 2008

O PODER DE UM BLOG

O PODER DE UM BLOG
Quando fui convidado pelo sr. Administrador a colaborar neste blog, longe estava eu de pensar que ele iria ser o responsável pelas obras de restauro e conservação da capela da Póvoa. Tudo começou, porque um dia um amigo meu, professor do Liceu Latino Coelho-Lamego, o Dr. Giordano, entrou na capela com a sua máquina digital e não resistiu a tirar umas fotos, as primeiras que saíram no blog. Amante exímio da arte da fotografia e não menos da arte sacra, confidenciou-me passados uns dias que “era pena se não conservavam as pinturas do tecto, porque valiam bem uma intervenção e o mais rápido possível”.
Como me ofereceu essas fotos, resolvi também partilhá-las com os visitantes do blog. O sr. Jorge Venâncio, logo as apreciou criticamente e, num comentário de então, coincidiu na mesma observação: “Temos que salvar estas pinturas”. O povo da Póvoa reagiu favoravelmente, mas com algum cepticismo e temor, perfeitamente compreensíveis. Onde ir buscar o dinheiro para essa intervenção? E quem vai gerir as complexas burocracias que se antevêem para obras desta natureza? Aliás, a prudência não aconselhava aventuras sem fim à vista.
Surgem opiniões divergentes, mas todas à procura da melhor solução, o que gerou um debate salutar. Era preciso começar. E foi quando eu disse ao sr. Administrador: “Pode contar com o meu apoio, porque pela minha experiência, as obras de Igreja, depois de iniciadas, nunca ficaram por concluir. Há que começar, que o dinheiro aparecerá”. Depois, veio a escolha criteriosa da empresa especializada neste tipo de restauro, a autorização preciosa da Comissão de Arte Sacra Diocesana, a constituição atempada da Comissão de restauro e os donativos surpreendentes das mais diversas proveniências.
Em conclusão, foi uma obra de todos e para todos. Feliz o povo que assim se mobiliza. Não me cabe analisar sociologicamente a realização desta obra memorável. Mas não deixo de a enquadrar naquele tríptico verbal de Fernando Pessoa: “Deus quer, o homem sonha e a obra nasce”. Sim, porque amputar a primeira parte desta frase, seria elidir o sentido último das acções do ser humano, independentemente de ser cristão; omitir a segunda, seria desresponsabilizar o homem nas suas obrigações de programar o melhor para a humanidade; esperar que as obras nasçam sem intervenção de ninguém seria viver na ilusão ou na utopia.
Eu entendo que foi, previamente, Deus que o quis e, por isso, nada faltou: nem o sonho nem a obra.
Resta-me felicitar o sr. Administrador do blog, pela “primeira pedra”, diríamos, colocada na construção do projecto (assim concebo o seu alerta inicial para o que era necessário fazer), e agradecer à Comissão de restauro pela ousadia com que se lançaram neste sonho ambicioso e a todos os ofertantes, desde as entidades públicas, aos particulares, aos cidadãos anónimos. Todos podem ficar cientes de que gravaram, com a sua generosidade, letras de ouro na história deste povo.
Pe. Assunção

segunda-feira, dezembro 01, 2008

RESTAURO DA CAPELA (CONTAS FINAIS)



CONTAS FINAIS DAS OBRAS DA CAPELA DA PÓVOA
RECEITAS

-Em caixa ---------------------- 4.926,79€
-Comissão---------------------- 600,00
-Anónimo----------------------- 1.000,00
-Comissão---------------------- 2.235,00
-C. de festas de 2007--------- 2.973,10
-Comissão------------------------3.183,00
(inclui 2.041,00 da C. de Festas de 2006)
-Anónimo ------------------------2.000,00
-Comissão------------------------875,00
(inclui 50,00€ da D.ªLurdes)
-António Alves Pinto------------250,00
-Conselho Dir. dos Baldios---2.500,00
-Ofertas várias-------------------113,60
-Domingos Rasteiro-------------50,00
-Comissão-------------------------250,00
Ofertas várias---------------------69,73
-Comissão ------------------------260,00



TOTAL DE RECEITAS: 21.286,22€



DESPESAS

-Empresa Quadrifólio-------5.735,40€
(1.º pagamento)
- “ “ -------13.382,60
(2.ºpagamento)
(total da empresa:19.118,00 incluindo o IVA)
-António Faustino--------------500,00
(Reparação de estrutura do tecto)
-Electrificação-----------------1.140,00
-Colocação dos projectores---30,00
-Via Sacra------------------------295,00


TOTAL DE DESPESAS: 21.083,00


Saldo positivo de : 203,22€



Nota: A devolução do IVA, (21%) chegou 8 meses depois de ter sido pedida, quando já todos os pagamentos estavam feitos.
3.318,00€

Em caixa: 3.521,22€



V.ªNª de Souto d’El-Rei, 29 de Novembro de 2008
A Comissão de restauro

Reativar este blog

Iniciado em 2005, este blogue cumpriu em parte, aquilo para que tinha sido inicialmente projetado. Com o decorrer do tempo e tal como n...