segunda-feira, outubro 30, 2006

Editorial do "Arauto d`El-Rei"

Editorial do “Arauto d’El-Rei”

Sim à vida: não à morte

A informação sobre a voz da Igreja acerca dos vários problemas que afectam a vida da nossa sociedade nem sempre chega com a frequência que seria de desejar. Aos fiéis caberá também procurá-la com mais avidez e regularidade.
Para que não falte a informação devida, em ordem à formação das consciências, aqui fica o contributo do nosso jornal, divulgando a Nota Pastoral do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa sobre o referendo ao aborto.

1. “A Assembleia da República decidiu sujeitar, mais uma vez, a referendo popular o alargamento das condições legais para a interrupção voluntária da gravidez, acto vulgarmente designado por aborto voluntário. Esta proposta já foi rejeitada em referendo anterior, embora a percentagem de opiniões expressas não tivesse sido suficiente para tornar a escolha do eleitorado constitucionalmente irreversível, o que foi aproveitado pelos defensores do alargamento legal do aborto voluntário.
Nós bispos católicos, sentimos perplexidade acerca desta situação. Antes de mais porque acreditamos, como o fez a Igreja dos primeiros séculos, que a vida humana com toda a sua dignidade existe desde o primeiro momento da sua concepção. Porque consideramos a vida humana um valor absoluto, a defender e a promover em todas as circunstâncias, achamos que ela não é referendável e que nenhuma lei permissiva respeita os valores éticos fundamentais acerca da Vida, o que se aplica também à lei aprovada. Uma hipotética vitória do “não” no próximo referendo não significa a nossa concordância com a Lei Vigente.

2. Para os fiéis católicos o aborto provocado é um pecado grave porque é uma violação do 5.º mandamento da Lei de Deus, “não matarás”, e é-o mesmo quando legalmente permitido…
Não podemos pois deixar de dizer aos fiéis católicos que devem votar “não” e ajudar e esclarecer outras pessoas sobre a dignidade da vida humana desde o seu primeiro momento… (Lisboa 19 de Outubro de 2006)

Obs: (Devido à exiguidade do nosso jornal, publicar-se-á a segunda parte desta nota no próximo número)
Uma coisa está clara: os responsáveis da Igreja já se pronunciaram. Os católicos já sabem o que lhes compete decidir, se a sua consciência está bem formada.


Padre Assunção (Pároco)
Vila Nova de Souto d’El-Rei, 29 de Outubro de 2006

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