quarta-feira, setembro 20, 2006

Oito dias para não esquecer...(por Herminia Gonçalinho)

Fotos
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Estas fotos foram cedidas por: RUBEN DE OLIVEIRA


Já muito se falou sobre a festa na aldeia.
Porquê???
Porque durante muitos anos esta terra com tão poucas pessoas não tinha festa?
Talvez!... Também terá a ver com esse facto, provavelmente. Mas deverão existir outras razões seguramente.
Para mim parece-me que se falou, se fala e que se continuará a falar por longos e duradouros anos porque esta terra é tudo para nós.
É garantidamente uma terra muito querida por todos nós.
O que lá se faz - sem dúvida com muito esforço e sacrifício - é feito através de uma entrega total, motivada pela forte ligação que nos une à nossa terra mãe bem como à sua gente.
O programa das festas foi extenso e muito variado.
Nos oito dias viveram-se variadíssimos momentos todos eles de grande emoção e satisfação.
Queria aqui trazer as noites de Segunda Terça e Quarta - Feira. Três noites genuínas preenchidas apenas com a” prata da casa”.
Variados temas ali foram retratados, as pessoas envolvidas (que eram bastantes) desdobravam-se para agradar à terra e ao público visitante ali presente.
Eu considero que estas noites foram as festas para a Póvoa (entre família) e o resto dos dias sem lhe tirar o prestígio que mereceram ,estiveram em sintonia com o que é tradicional e foram festas populares no verdadeiro sentido da palavra.
Estas noites reflectiram o estado de espírito, de união de luta para que nunca essa terra fique esquecida no tempo, nem as pessoas que lá vivem, as que lá viveram, os seus hábitos, a sua cultura…
Eu, como membro da comissão e também protagonista digo que foi um projecto fantástico, que me deu imenso prazer ajudar a concretizar.
O vídeo sobre a aldeia onde contamos com a colaboração da Tuna de Contabilidade do Porto(reinterpretação da musica), de Jose Gonçalinho(declamação de Poemas) e de
Miguel Madureira(tratamento de imagem) a quem desde já agradeço, e essencialmente a exposição foram apreciados e elogiados por todos os que tiveram a oportunidade de os ver. Este acontecimento deve-se realmente a toda a equipa , mas não posso deixar de falar aqui em alguém que deu tudo o que teve ao seu alcance para que este acontecimento fosse um sucesso: falo obviamente na minha irmã(Celeste Gonçalinho) e da Teresa Paula Costa que para além da sua entrega total a este objectivo, prepararam uma série de trabalhos para ali apresentar. Neste mesmo contexto devo também realçar a mobilização dos restantes participantes pela sua clara disponibilidade em colaborar neste evento e são eles: Manuel de Oliveira, Manuel Gonçalinho, Irene Silva, Joaquina Gonçalinho, Celeste Venâncio, Otília Oliveira, Augusta Jerónimo, Nair, José Gonçalinho de Oliveira e Lucília Alves.
A representação das músicas e das danças ali recreadas e das peças teatrais que remontam ao tempo da juventude dos nossos pais e avós, deliciaram os que ali estavam
que folgavam em saber que nem tudo estava perdido, renovando assim a esperança de que muito mais se virá a fazer desde que esteja ao alcance dos organizadores dos eventos.
Pessoas da terra com um grande empenho e dedicação conseguiram trazer as letras e musicas até nós que, com todo o orgulho as traduzíamos em lindas danças e peças teatrais. Já agora devo também dizer que para além do trabalho enorme de toda a equipa que participou neste evento, tudo isto foi conseguido essencialmente com a dedicação e empenho de três senhoras da terra: falo da Celeste Venâncio, Lucília Alves e Irene Silva.
As crianças também partilharam do mesmo espírito do grupo e brilharam no palco com danças da actualidade.
As anedotas surgiam nos pequenos espaços vazios para que nada faltasse revelando-se o bom humor de quem as contou que fez soltar espontâneas gargalhadas do público presente. Refiro-me aqui a duas pessoas da família Jerónimo.
Até o fado se cantou e tão bem encantou pela voz de Helena Pereira, que até emocionou.
De facto a união faz a força!
O envolvimento foi geral participaram pessoas de todas as idades, estatutos sociais, tudo por uma só causa. Por amor aquela terra, para não perder a sua identidade...
Tenho a certeza neste momento que levaremos para a frente esta ideia, este projecto singular que uniu todos os nossos conterrâneos...
Foi gratificante ver a satisfação de um dever cumprido e a alegria de quem ali esteve.
Penso que se pode tirar daqui um verdadeiro exemplo de vida.
Uma aldeia tão pequena com tão poucas pessoas , onde ainda nem sequer o saneamento básico existe, a quantidade e variedade de iniciativas que ali se apresentaram foi digna de mérito.
Agradeço em meu nome pessoal e da Comissão de Festas o apoio prestado por todos os nossos colaboradores e amigos, nomeadamente à tuna de contabilidade do Porto, à Câmara Municipal de Lamego, a Junta de Freguesia, ao Grupo de Teatro Nordeste de Vila Real na pessoa do Dr. David Carvalho que sempre manteve linha aberta para dar o seu apoio bem, como nos cedeu o guarda roupa para a representação e à Comissão de Baldios.
Por fim agradece-se também o afecto, a aceitação e carinho demonstrados pelos povos vizinhos, nomeadamente o povo da Juvandes que já no ano passado provou estar em harmonia com a Póvoa estando presente em peso nestas festas. Podem contar com a nossa sincera amizade.

Um muito obrigada a todos,
da comissão de festas 2006:
José Costa
Jorge Venancio
José Maria Venancio
Manuel Oliveira
José Oliveira
Fernando Gonçalinho
Alexandra Gonçalinho
Herminia Gonçalinho

1 comentário:

Herminia disse...

Já tenho saudades!!!!!!
VAMOS REPETIR ESTE ANO?
FICA O DESAFIO!!!!!
POR: HERMINIA GONÇALINHO

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