sábado, setembro 30, 2006

Ainda a Festa (por Fernanda Gonçalves)

Póvoa
Uma referência justa ao envolvimento e ao trabalho de todos os mordomos que tão bem souberam renovar e dinamizar o povo adormecido da Póvoa. Muito já foi dito sobre a festa, mas nunca é demais valorizar o evento e homenagear a criatividade e a coragem de quem se expõe, perante o julgamento dos outros e, dar os parabéns a todos quantos ao longo do ano trabalharam e se esforçaram para realizar com sacrifício ou prazer, a festa a Nossa Senhora do Pranto, que juntou quase todos quantos gostam daquela maravilhosa terra e, só por isso valeu a pena. Valeu a pena, a forma como o povo, trovador por excelência das coisas simples, que de forma espontânea e delicada, mostrou a sua poesia. Numa sã convivência e uma dose de alegria, que certamente no futuro ganhará uma progressiva dimensão aos olhos de quantos vão de uma forma ou de outra desvalorizando aquele povo. Foi gratificante ver como todos se envolveram para dar sentido ao objectivo proposto. Sentir o orgulho de ter nascido naquele canto e ver finalmente paz entre todos quantos por ali se deslocaram. O recordar das tradições que não tive oportunidade de assistir, mas que de muito faladas me levaram aos meus tempos de criança e, que saudades senti…espero que tenham contribuído para um maior conhecimento aos mais jovens, das suas raízes e que os faça pensar como a vida agora parecendo tão simples, foi dura para alguns dos seus antecessores. Deu gosto ver pessoas simples, de espírito bem vivo e jovial expressarem as suas emoções, como de um sonho se tratasse. Não poderei deixar de me pronunciar sobre a exposição que admirei pelo pouco tempo para a sua elaboração e pelo trabalho nela apresentado, trabalho com bom gosto e artesanalmente bem conseguido, um salto qualitativo, na aldeia. Que a nossa Póvoa não fique parada no tempo e que prolifere o espírito de iniciativa. Um abraço e um obrigado sentido a quantos contribuíram para engrandecer este evento. Fernanda Gonçalves

1 comentário:

Anónimo disse...

"Que a nossa Póvoa não fique parada no tempo e que prolifere o espírito de iniciativa"

Que este seja o mote para uma união de esforços, por parte de todos quantos na Póvoa e fora, desejam ver a nossa terra com a dignidade que as suas gentes merecem.
Que nenhum de nós se remeta a um encolher de ombros, e aceite de bom grado aquilo que nos querem impor. Todos nós, temos o dever de exigir e dar cada vez mais, aquilo que de útil sentimos ser necessário.
Jorge

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