terça-feira, abril 08, 2008

Restauro do tecto da capela da Póvoa

Citação:

"O poeta é um fingidor
E finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente".



Inicialmente algo apreensivo quanto à execução do restauro do tecto da capela da Póvoa, confesso-me agora maravilhado com a aprimorada conclusão da obra.

Bem sei que há hoje uma extensa gama de podutos capazes de um restauro perfeito... Terá sido executado por pessoal altamente especializado...

Porém, o resultado é espectacular, com calafetagem perfeita, afinação e acerto de tintas magistral.

Tudo respeitou de tal forma a traça, o traço, a tonalidade originais, e a desmaiada policromia gravada pela corrosão do tempo, que tive dúvida de que alguém lá tivesse mexido.

Nada, absolutamente nada, ficou ao acaso ou foi adulterado. Porém, o que mais me fascinou foi a autenticidade conferida à pintura das taliscas e buracos – que eu julgava impossível – que parecem tão autênticos, tão autênticos, que dá vontade de, por entre eles – no escuro da noite – espreitar as pernas da lua, quando ela ali se detém a adorar o Menino.

Ai se não fosse pecado tal acto dentro da capela!...

Não fora a vergonha e, incrédulo como S. Tomé, teria a tentação de os ir tactear ( os buracos e frinchas) com os meus dedos, e confirmar se são realidade ou pintura.



Zé Macário

4 comentários:

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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jmov disse...

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