terça-feira, maio 16, 2006

A alma do nosso povo

Não voa mais alto a ave,
Nem mais graciosa
Bela e vistosa
ela é no seu voar;
Que o forte crepitar
O encantamento
Que a nossa alma tem cá dentro!

Nem tão formidável é a distância,
Que em normal circunstância
A terra separa do infinito
Que aquele bem-estar bendito
Que connosco respira,
Que à vida nos prende e nos inspira,
Preenchendo-a de carícias,
De sonhos e delícias!

Nem mais se eleva a nuvem no céu,
Nem tão alto sobe o coruchéu,
Em mosteiro ou convento
Que o amor que se sente cá dentro;
E até o próprio vento
No seu constante rodopiar
Está longe de alcançar
Na alma o sentimento!...

Nem tão majestosa é,
A mais monumental
A mais colossal
Das pirâmides de Gizé;
Que o espírito deste povo
Criativo,
E sobejamente produtivo
No seu laborar
Produto do seu sonhar.

Ao abraçar seus ideais
Inovadores, originais
Antes durante e após
Num processo ascendente
Constante e consciente,
Mais sólida esta garra se revela
Qual vigilante sentinela
Que existe dentro de nós!

E se para alguém dúvidas há,
A História lhes dirá,
O quão engenhoso
Arrojado e corajoso
Foi e é o temperamento deste povo:
O antigo e o novo,

E ao acordar
Do seu dúbio hibernar
Em seus imaginários
Surgirão sentimentos vários
Então, fluirão,
A felicidade que tanta será,
Inexplicavelmente os envolverá
E assim se orgulharão,
Disso saber
E de a esta gente pertencer!

Assim, com um brilho no seu olhar
Ao mundo, esse orgulho irão mostrar,
Pois o rosto, muitas vezes esconde,
E tão poucas à verdade responde,
Porém o olhar não mente,
Espelhando o que a alma sente!...


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Celeste Gonçalinho de Oliveira Duarte

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