segunda-feira, março 06, 2006

A chegada da energia eléctrica à Póvoa

Parece mentira,
Que eu alguma vez vira
A chegada à Póvoa da electricidade,
Mas é uma realidade;
Na verdade vi,
Não me lembro porém, o que senti;
O que recordo agora,
Era a minha correria
Pela porta fora
Para ver se no chão via
Cobre em pequenos pedaços
Dos quais anéis fazia
E pulseiras para os braços.
Lembro-me perfeitamente,
Do pasmo evidente
Em cada rosto estampado
incrédulo e intrigado
Perante coisa tal;
Algo absolutamente abismal
Para quem a energia
estranha coisa seria.
O que me causava estranheza
Isso recordo com certeza,
Era ver nos postes empoleirados,
Aqueles homens destemidos
Demasiado atarefados
Puxando cabos imensamente compridos.
Mas o que jamais se suspeitava
Era que a tecnologia que ali chegava,
Muita coisa mudaria
E se tornaria
num grande acontecimento
para o povo, um verdadeiro melhoramento.
Depois foi só admirar
Nas noites sem luar
aquela magia
Que transformava a noite em dia
O escuro em luminosidade
A penumbra em claridade!...
Então pensei cá para mim:
uma coisa assim
é digna de registar
e louvar,
os que trabalharam
e para tal se empenharam
pois a sua utilidade
não é aparência
é hoje uma realidade,
uma evidência!.

Celeste Gonçalinho De Oliveira Duarte

2 comentários:

Anónimo disse...

li-te com todo o gosto, como sempre.
Acho explendidos, quer em sentido, quer na beleza de construção, e se me pedissem escolha, não saberia qual escolher. Força! Continua!É um gosto!

Anónimo disse...

O comentário acima é de autoria de Zé Macário

Reativar este blog

Iniciado em 2005, este blogue cumpriu em parte, aquilo para que tinha sido inicialmente projetado. Com o decorrer do tempo e tal como n...