Blog de Povoa de Vila Nova de Souto D'El-Rei.---- Falando da Póvoa. É uma terra singular, um caso particular de um povo antigo acolhedor e amigo ... Esta terra também é minha de todas a rainha é onde repouso e descanso, e reponho a memória da nossa antiga história, contada nos caminhos, nos atalhos e nos velhos telhados. .... Falando da sua gente Em: http://www.povoavilanovasoutodelrei.pt.la Herminia Gonçalinho
csm
quinta-feira, maio 29, 2008
Tell me Why (tradução)
Em meus sonhos, crianças cantam canções de amor
para todos os meninos e meninas
O céu é azul, os campos são verdes e o riso é a lingua do mundo
Então eu acordo e tudo que eu vejo é um mundo
cheio de pessoas em necessidades
Refrão:
Me diga por que(por que) tem que ser deste jeito?
Me diga por que(por que) Há alguma coisa que eu perdi?
Me diga por que(por que) porque eu não entendo.
Quando tantos precisam de alguém,
nós não damos uma mãozinha(ajudinha)
Me diga Por que?
Todo dia eu me pergunto o que eu preciso fazer para ser um homem?
Eu preciso ficar e lutar para provar para todo mundo quem eu sou?
É para isso que minha vida é, para gastar num mundo cheio de guerra ?
Refrão
(Crianças) Me diga por que ? (Declan) Me diga por que ?
(Crianças) Me diga por que ? (Declan) Me diga por que ?
(Juntos) apenas me diga por que, por que, por que ?
Refrão
Me diga por que(por que, por que, o tigre corre)
Me diga por que(por que, por que nós disparamos a arma)
Me diga por que(por que, por que nós nunca aprendemos)
Alguém poderia nos dizer por que nós deixamos a floresta queimar?
(por que, por que nós dizemos que nos importamos)
Me diga por que(por que, por que nós ficamos e olhamos)
Me diga por que(por que, por que os golfinhos choram)
Alguém pode nos dizer por que nós deixamos o oceano morrer ?
(por que, por que se nós todos somos iguais)
Me diga por que(por que, por que nós passamos a culpa)
Me diga por que(por que, por que isto nunca acaba)
Alguém pode nos dizer por que nós não podemos ser apenas amigos ?
(por que, por que)
sábado, maio 24, 2008
Profissão de fé
Enquanto católico, creio em Deus – pai – criador e senhor de todas as coisas visíveis e invisíveis; e acreditando n’Ele enquanto pai, acredito que conhece em pormenor o coração de todos os filhos, não me acometendo no entanto o arrogo abusivo de tentar interpreta -Lo enquanto divindade.
Não conseguiria entender a atitude de Deus na passagem bíblica sobre Caim e Abel, se não acreditasse que os verdadeiros pais conhecem profundamente o âmago dos filhos, conhecendo implicitamente as intenções das acções destes – não sendo o inverso totalmente verdade.
À primeira vista, não se percebe que sendo Deus, pai de Caim e Abel, aceite de bom grado os pequenos agrados de Abel, olhando com indiferença – é o mínimo que se pode dizer – as valiosas ofertas de Caim; e estimule assim o ciúme e a inveja deste em relação ao seu irmão.
À luz do pensamento humano, poder-se-ia mesmo perguntar em última análise, quem foi afinal o verdadeiro assassino de Abel. Porém, não, não vamos por aí.
Os pais ao tomarem atitudes de diferenciação entre os filhos, apenas tentam corrigir as palpitações destes – que bem conhecem – para que não “caiam”, não se “aleijem” e não sofram futuramente.
É porém, de muito difícil entendimento esta dialéctica e nem sempre produz os melhores resultados.
É de difícil aceitação por parte dos filhos, a ideia de que os verdadeiros pais conhecem bem – por ventura melhor do que eles próprios – o fundamento das suas acções, inibições, limitações, comportamentos e até intenções.
O pai é sempre pai, até muito para lá do fim dos seus dias, e com o conhecimento empírico que tem sobre a vida, deve reprovar aos filhos, comportamentos que levem à sua queda ou ao seu sofrimento.
E quando este diálogo for impossível – o que acontece muitas vezes, principalmente devido à necessidade de afirmação e independência dos filhos – o afastamento do pai não deve querer dizer mais do que isto: não aprovo o que fazes, não estou contigo nesta caminhada, não serei conivente com o mal que sei espreitar-te.
Arrepia caminho!
É realmente difícil esta dialéctica, até porque os filhos nunca vão aceitar que muitos dos males que subsequentemente os venham a acometer, são afinal fruto da não audição atempada e respeitosa dos pais. Sobre isto, leia-se São Paulo, o homem que no seu tempo, nas suas cartas às comunidades religiosas que se iam fundando, melhores conselhos deu sobre comportamentos humanos e familiares – embora nem sempre compreensíveis à luz da cultura e do pensamento contemporâneos.
Não devem os pais exasperar os filhos, mas também não me parece que devam afligir-se em demasia, pela exasperação que eles se auto infligem, enquanto objecto de aconselhamento ou repreensão dos pais.
Nada de novo afinal!
Já tudo era assim no tempo de Adão e Eva.
Ass: Zé Macário
Enquanto católico, creio em Deus – pai – criador e senhor de todas as coisas visíveis e invisíveis; e acreditando n’Ele enquanto pai, acredito que conhece em pormenor o coração de todos os filhos, não me acometendo no entanto o arrogo abusivo de tentar interpreta -Lo enquanto divindade.
Não conseguiria entender a atitude de Deus na passagem bíblica sobre Caim e Abel, se não acreditasse que os verdadeiros pais conhecem profundamente o âmago dos filhos, conhecendo implicitamente as intenções das acções destes – não sendo o inverso totalmente verdade.
À primeira vista, não se percebe que sendo Deus, pai de Caim e Abel, aceite de bom grado os pequenos agrados de Abel, olhando com indiferença – é o mínimo que se pode dizer – as valiosas ofertas de Caim; e estimule assim o ciúme e a inveja deste em relação ao seu irmão.
À luz do pensamento humano, poder-se-ia mesmo perguntar em última análise, quem foi afinal o verdadeiro assassino de Abel. Porém, não, não vamos por aí.
Os pais ao tomarem atitudes de diferenciação entre os filhos, apenas tentam corrigir as palpitações destes – que bem conhecem – para que não “caiam”, não se “aleijem” e não sofram futuramente.
É porém, de muito difícil entendimento esta dialéctica e nem sempre produz os melhores resultados.
É de difícil aceitação por parte dos filhos, a ideia de que os verdadeiros pais conhecem bem – por ventura melhor do que eles próprios – o fundamento das suas acções, inibições, limitações, comportamentos e até intenções.
O pai é sempre pai, até muito para lá do fim dos seus dias, e com o conhecimento empírico que tem sobre a vida, deve reprovar aos filhos, comportamentos que levem à sua queda ou ao seu sofrimento.
E quando este diálogo for impossível – o que acontece muitas vezes, principalmente devido à necessidade de afirmação e independência dos filhos – o afastamento do pai não deve querer dizer mais do que isto: não aprovo o que fazes, não estou contigo nesta caminhada, não serei conivente com o mal que sei espreitar-te.
Arrepia caminho!
É realmente difícil esta dialéctica, até porque os filhos nunca vão aceitar que muitos dos males que subsequentemente os venham a acometer, são afinal fruto da não audição atempada e respeitosa dos pais. Sobre isto, leia-se São Paulo, o homem que no seu tempo, nas suas cartas às comunidades religiosas que se iam fundando, melhores conselhos deu sobre comportamentos humanos e familiares – embora nem sempre compreensíveis à luz da cultura e do pensamento contemporâneos.
Não devem os pais exasperar os filhos, mas também não me parece que devam afligir-se em demasia, pela exasperação que eles se auto infligem, enquanto objecto de aconselhamento ou repreensão dos pais.
Nada de novo afinal!
Já tudo era assim no tempo de Adão e Eva.
Ass: Zé Macário
sábado, maio 17, 2008
domingo, maio 11, 2008
CONTRACAPA
Bocas da reacção
Seis anos volvidos sobre a sublevação do PAIGC na Guiné Portuguesa - assim se chamava na altura - encontrando-me como militar em Lisboa, já a bordo do N/M Niassa, para partir rumo a essa província, integrado num contingente de rendição, o Sr. Ministro do Exército, subiu a bordo, e no salão nobre desse navio discursou às suas tropas. Desse discurso, dirigido especialmente a milicianos, retive o seguinte:
- Exorto-vos a que sejais cuidadosos e pratiqueis os ensinamentos que vos foram ministrados, porque isto é uma guerra só operada por milicianos, sendo deles portanto, as principais consequências.
Educados que fôramos desde a nascença num forte nacionalismo, amor à Pátria e homenagem aos seus heróis, seus governantes e seus símbolos, não podia esta juventude regatear - embora excepcionalmente muitos jovens, principalmente filhos dos maiores beneficiários do regime, tenham cobardemente fugido (à guerra) para países estranhos - dizia eu, não podiam estes jovens regatear esforços na defesa do seu território, mesmo que plenamente conscientes dos perigos que corriam as suas vidas.
Era no entanto realmente uma guerra de milicianos, administrada do interior de gabinetes - de "ar condicionado" - por profissionais do quadro permanente, com várias comissões assim cumpridas, e motivações bem diferentes.
Por uma questão corporativa, por motivo de uma medida administrativa que o governo tomou, tentando atrair milicianos regressados do ultramar ao quadro permanente, aqueles profissionais sublevaram-se (em 25 de Abril) traindo a ideologia "ditatorial"que, anos e anos tinham alimentado e ensinado a muitos contingentes de mancebos recrutados para o serviço obrigatório e confiados aos seus comandos e ensinamentos; traindo ainda o estado"ditatorial" que lhes pagava, a quem tinham servido de esteio (sim, porque ninguém consegue ser ditador sem um forte esteio) e a quem deviam obediência.
Qual a legitimidade e autoridade democrática da interpretação, por aqueles militares, de que o povo queria mudar de regime ou de que o quereria através de um golpe de estado seguido de revolução?
Em retrospectiva, não gostei da humilhação e extradição do nosso primeiro-ministro de então, o tal das afáveis conversas em família – e que os nossos irmãos brasileiros receberam de braços abertos.
Não gostei do abandono das províncias ultramarinas à sua sorte, com o consequente êxodo quase total dos brancos “europeus” atónitos e atordoados de medo.
Não gostei da delapidação e degradação das suas riquezas, muitas eventualmente enterradas nas próprias casas na esperança de um dia poderem voltar.
Não gostei da estropiação e morticínio atrozes a que o abandono conduziu, numa luta fratricida sem precedentes.
Não gostei da degradação das modernas cidades ultramarinas.
Aqui na metrópole, não gostei da febre das nacionalizações ou das ocupações selvagens.
Não gostei da destruição da nossa economia com o corte abrupto do nosso tecido produtivo e comercial; de lembrar que tínhamos uma forte marinha mercante (incluindo muitos e grandes paquetes de luxo) e uma companhia aérea que rivalizavam com as melhores, e estavam principalmente vocacionadas para as nossas relações com a África portuguesa, e que, a seguir ao 25 de Abril tiveram como única actividade durante anos, o transporte de pessoas e bagagens de retornados, em fuga desesperada.
Não gostei da perseguição, extradição ou fuga dos nossos empresários.
Sabemos como estamos, com todas as vicissitudes do 25 de Abril, mas não sabemos se seria possível e como, uma gradual transição democrática – eventualmente já em curso nessa altura – e uma autodeterminação das províncias ultramarinas, sem a consequente devastação por lutas fratricidas, provocadas pelo abandono e fuga “irresponsáveis” da tutela.
Pode muito bem ser, também sobre esta perspectiva que se conduza a análise histórica do 25 de Abril, mesmo sem colar ainda ao período pós revolucionário, o desmembramento das famílias, a expansão do consumo e tráfego de drogas, da sida, da insegurança e do aumento desmesurado da criminalidade.
Não é no entanto sob estas perspectivas históricas que, os já lendários “históricos” oficiais que ainda assistem de cravo na lapela às comemorações de Abril – possivelmente mendigando reconhecimento e mitigadas palmas – induzem a que seja analisada a história.
Os nossos jovens devem aprender história - e com certeza que até gostarão – mas deve ser-lhes ensinada com toda a verdade, sem ocultação de qualquer perspectiva.
Para muitos dos nossos jovens e até para muita gente adulta, o 25 de Abril deu-se para depor Salazar, quando afinal Salazar, havia já 5 anos, nos “olhava em repouso eterno, do outro lado do mundo”.
Tal é a mistificação!
Parece-me que nem o Estado Novo era simplesmente o que se tenta retratar num “ballet rose”, nem este estado democrático pode ser retratado sem os processos pedófilos que me parece colarem-se-lhe como feijão carrapato, ou como os cravos vermelhos distintivos da revolução.
Tonho D’Adélia
Bocas da reacção
Seis anos volvidos sobre a sublevação do PAIGC na Guiné Portuguesa - assim se chamava na altura - encontrando-me como militar em Lisboa, já a bordo do N/M Niassa, para partir rumo a essa província, integrado num contingente de rendição, o Sr. Ministro do Exército, subiu a bordo, e no salão nobre desse navio discursou às suas tropas. Desse discurso, dirigido especialmente a milicianos, retive o seguinte:
- Exorto-vos a que sejais cuidadosos e pratiqueis os ensinamentos que vos foram ministrados, porque isto é uma guerra só operada por milicianos, sendo deles portanto, as principais consequências.
Educados que fôramos desde a nascença num forte nacionalismo, amor à Pátria e homenagem aos seus heróis, seus governantes e seus símbolos, não podia esta juventude regatear - embora excepcionalmente muitos jovens, principalmente filhos dos maiores beneficiários do regime, tenham cobardemente fugido (à guerra) para países estranhos - dizia eu, não podiam estes jovens regatear esforços na defesa do seu território, mesmo que plenamente conscientes dos perigos que corriam as suas vidas.
Era no entanto realmente uma guerra de milicianos, administrada do interior de gabinetes - de "ar condicionado" - por profissionais do quadro permanente, com várias comissões assim cumpridas, e motivações bem diferentes.
Por uma questão corporativa, por motivo de uma medida administrativa que o governo tomou, tentando atrair milicianos regressados do ultramar ao quadro permanente, aqueles profissionais sublevaram-se (em 25 de Abril) traindo a ideologia "ditatorial"que, anos e anos tinham alimentado e ensinado a muitos contingentes de mancebos recrutados para o serviço obrigatório e confiados aos seus comandos e ensinamentos; traindo ainda o estado"ditatorial" que lhes pagava, a quem tinham servido de esteio (sim, porque ninguém consegue ser ditador sem um forte esteio) e a quem deviam obediência.
Qual a legitimidade e autoridade democrática da interpretação, por aqueles militares, de que o povo queria mudar de regime ou de que o quereria através de um golpe de estado seguido de revolução?
Em retrospectiva, não gostei da humilhação e extradição do nosso primeiro-ministro de então, o tal das afáveis conversas em família – e que os nossos irmãos brasileiros receberam de braços abertos.
Não gostei do abandono das províncias ultramarinas à sua sorte, com o consequente êxodo quase total dos brancos “europeus” atónitos e atordoados de medo.
Não gostei da delapidação e degradação das suas riquezas, muitas eventualmente enterradas nas próprias casas na esperança de um dia poderem voltar.
Não gostei da estropiação e morticínio atrozes a que o abandono conduziu, numa luta fratricida sem precedentes.
Não gostei da degradação das modernas cidades ultramarinas.
Aqui na metrópole, não gostei da febre das nacionalizações ou das ocupações selvagens.
Não gostei da destruição da nossa economia com o corte abrupto do nosso tecido produtivo e comercial; de lembrar que tínhamos uma forte marinha mercante (incluindo muitos e grandes paquetes de luxo) e uma companhia aérea que rivalizavam com as melhores, e estavam principalmente vocacionadas para as nossas relações com a África portuguesa, e que, a seguir ao 25 de Abril tiveram como única actividade durante anos, o transporte de pessoas e bagagens de retornados, em fuga desesperada.
Não gostei da perseguição, extradição ou fuga dos nossos empresários.
Sabemos como estamos, com todas as vicissitudes do 25 de Abril, mas não sabemos se seria possível e como, uma gradual transição democrática – eventualmente já em curso nessa altura – e uma autodeterminação das províncias ultramarinas, sem a consequente devastação por lutas fratricidas, provocadas pelo abandono e fuga “irresponsáveis” da tutela.
Pode muito bem ser, também sobre esta perspectiva que se conduza a análise histórica do 25 de Abril, mesmo sem colar ainda ao período pós revolucionário, o desmembramento das famílias, a expansão do consumo e tráfego de drogas, da sida, da insegurança e do aumento desmesurado da criminalidade.
Não é no entanto sob estas perspectivas históricas que, os já lendários “históricos” oficiais que ainda assistem de cravo na lapela às comemorações de Abril – possivelmente mendigando reconhecimento e mitigadas palmas – induzem a que seja analisada a história.
Os nossos jovens devem aprender história - e com certeza que até gostarão – mas deve ser-lhes ensinada com toda a verdade, sem ocultação de qualquer perspectiva.
Para muitos dos nossos jovens e até para muita gente adulta, o 25 de Abril deu-se para depor Salazar, quando afinal Salazar, havia já 5 anos, nos “olhava em repouso eterno, do outro lado do mundo”.
Tal é a mistificação!
Parece-me que nem o Estado Novo era simplesmente o que se tenta retratar num “ballet rose”, nem este estado democrático pode ser retratado sem os processos pedófilos que me parece colarem-se-lhe como feijão carrapato, ou como os cravos vermelhos distintivos da revolução.
Tonho D’Adélia
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