domingo, setembro 29, 2013

Musica para ouvir no silêncio da noite

Musica para ouvir no silêncio da noite

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PAULA ESCREVEU SOBRE A POVOA

Paula disse...
Póvoa, cantinho de paz, de lembranças, de amor pela natureza. Póvoa é onde nos encontramos com nós próprios.Passei lá todas as minhas férias grandes e muitas épocas festivas, como o Natal e Páscoa.Foi na Póvoa que aprendi, com os rapazes, a assobiar, aprendi a nadar, no rio Balsemão, com as suas águas geladas e de seixos que feriam os pés, mas que eu adorava. Descia, juntamente com a Rita (amiga de Vila Real que também ali passava férias), o Souto até ao rio sempre contente e sem me preocupar com o percurso imenso que tanto custava mas não deixava de fazer.Foi naquela aldeia que fiz grandes amizades, a Nela e a Lurdes. Também tinham férias “grandes” mas era neste período que tinham mais tempo para ajudarem na lida da casa, na lavoura ou no tratamento do gado.Para estarmos juntas íamos todas para o monte e, enquanto as vacas pastavam calmamente, nós conversávamos e brincávamos. À noite brincávamos às escondidas, saltávamos à corda. Éramos muitos, a Dília, a Paula, o Jorge, o Rui, o João, o Fernando, o Nelson a Leonor, a Lurdes, a Cristina e tantos outros.Já na adolescência, os namoricos tomaram o seu percurso normal.Crescemos, casamos …E a responsabilidade do emprego, da família, dos filhos que vieram e encheram a nossa vida de uma outra forma, fez-nos esquecer como foram boas aquelas férias “grandes”.Porque é necessário levar os “putos” à escola, porque hoje o trânsito está infernal, porque é preciso ir às compras, porque há aquelas contas para pagar, porque hoje o Nuno tem natação, porque a Joana tem música, porque hoje é domingo e é preciso levar os miúdos à catequese, porque, porque, porque…Hoje parei por momentos e sentei-me no sofá, no intervalo da natação e da música. Uma nostalgia serena percorreu-me todo o corpo arrepiando-me. Quero voltar à Póvoa, tenho saudades. Quero olhar pela manhã o soito, com o sol a bater no monte, ainda meio adormecido, como que a espreguiçar-se, esticando os seus braços, sobre os castanheiros e fazendo lembrar aos passarinhos que são horas de procurar alimento e o chilrear ecoa pelo monte numa melodiosa sinfonia.Quero levar o Nuno e a Joana num passeio pelo pinhal e mostrar-lhe a paleta de cores que a natureza usa e modifica sempre que a Estação é outra.Aqueles tons castanhos, laranja e vermelhos do Outono; os mais variados verdes do Verão e todo o arco-íris das flores, fazendo com que cada uma seja mais bela do que outra, tentando captar a atenção dos insectos que rodopiam numa grande azáfama.Quero que cheirem a terra molhada os fenos secos. Quero que o avô Costa conte as suas fantásticas estórias da mocidade e nos retrate um pouco o nosso passado, por vezes difícil de entender. Quero levá-los ao berço da Moura e ao pico do monte. Quero que eles conheçam outras realidades diferentes das suas, onde as crianças, em vez de uma playstation jogam cartas enquanto o gado pasta no monte, que em vez de aulas de música, sabem, como ninguém, distinguir o canto dos pássaros e os imitam na perfeição. Quero que vejam a neve nos beirais e quero acordá-los a meio da noite para verem os flocos a cair. Quero olhar para o céu e contar as estrelas. Quero ter tempo e espaço para não pensar, só para ver e escutar.Quero ir à Póvoa………………..Teresa Paula

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Iniciado em 2005, este blogue cumpriu em parte, aquilo para que tinha sido inicialmente projetado. Com o decorrer do tempo e tal como n...