terça-feira, agosto 05, 2008

A PÓVOA

PASSADO,PRESENTE E FUTURO

I
Minha terra é tão linda
Num lugar tão pequenino
Onde passei minha infância
Nos meus tempos de menino
II
De tão pequena que é
E nunca mais aumentou
Dela saíu tanta gente
E mais pequena ficou
III
Esta terra pequenina
De tantas e sãs gerações
Que me trás sempre á lembrança
Tão gratas recordações
IV
Desde menino a adulto
Recordações de pasmar
É triste ver esta terra
Com tendências de acabar
V
Pouco ou nada se tem feito
Para ela melhorar
todos querem é ter proveito
Se ela o tiver para dar
VI
Que triste realidade
Com tristeza no olhar
Quando se olha e se vê
Quase tudo por cultivar
VII
Será que não vai mudar
Este desleixo abismal
Ver tanta terra inculta
Desde pego ao mial
Para não falar nas restantes
Que estão tal e qual
VIII
Eu falo de tudo isto
Pois são casos cruciais
Que antigamente se viam
Com tão lindos batatais
IX
Falando noutros terrenos
Sendo um caso mais banal
Onde então se cultivava
Noutro tempo o cereal
X
Estes terrenos então
E outros não referidos
Pois são para algumas famílias
Como terrenos perdidos
XI
Deixo-vos com estas quadras
E com vocês meditar
Vamos todos dar as mãos
Em conjunto trabalhar
Evitando deste modo
Da nossa terra acabar

José Venâncio

sexta-feira, agosto 01, 2008

IRONIAS DO TEMPO



Meus amigos, afinal o tempo não se esgotou e não parou no infinito do tempo que o tempo nos legou. Em qualquer tempo é tempo de fazer que o tempo seja mais tempo e não haja mais tempo de dizer que o tempo nos bastou. Mas se o tempo for o tempo, aquela fracção de tempo que em todo o tempo sempre esperou! E se for este o tempo desse imenso tempo, do muito tempo que a vida nos negou? Poderá ser, de facto, este o tempo que o próprio tempo nos destinou. Apeguemo-nos ao tempo, não percamos tempo porque o outro tempo, o tempo nos levou. Mas se o tempo não for o tempo daquele tempo que ao tempo cada um dedicou, lá virá o tempo, esse mesmo tempo em que cada um acreditou. E se, mesmo assim, o tempo não nos bafejou, chegará o tempo de outro tempo que o tempo nos marcou.Para viver este tempo, retomemos o tempo daquele tempo em que na cadeira da escola cada um se sentou. Este nosso tempo já não é o tempo daquele tempo que a memória avivou, mas será o tempo de recordar o tempo de um outro tempo do tempo que não mais acabou.
ASS. O mestre do tempo

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Iniciado em 2005, este blogue cumpriu em parte, aquilo para que tinha sido inicialmente projetado. Com o decorrer do tempo e tal como n...