terça-feira, setembro 15, 2015

Reativar este blog

Iniciado em 2005, este blogue cumpriu em parte, aquilo para que tinha sido inicialmente projetado.
Com o decorrer do tempo e tal como na maioria dos blogs, os conteúdos começaram a escassear, os colaboradores, mais ou menos foram abandonando a sua participação, e deste modo o blogue sobre a nossa terra, continuou a ser visitado por muita gente, mas já sem aquele interesse que houve inicialmente.
Recentemente, alguém me perguntou, se o blogue tinha sido abandonado, uma vez que não via tantas e tantas daquelas histórias da sua meninice que a fizeram a delicia de todos nós; aquelas recordações de um tempo em que não havia, computadores, não havia brinquedos, um par de sapatos tinha que ter dois números acima para durarem dois ou três anos, etc, etc, etc. Respondi, que o blogue não tinha sido encerrado, mas que realmente, tal como a maioria dos blogues, teve o seu tempo e agora se preparava para morrer, com os conteúdos que ao longo destes cinco ou seis anos, as pessoas foram partilhando.
A pessoa em questão disse-me: É uma pena, de vez em quando passava por lá para reler mais um ou outro texto, que me faziam tão bem. Há alguns que quase os decorei.
A mensagem não caiu no esquecimento e aproveitando a oportunidade, lembrei-me de fazer um apelo a todos os filhos, da terra, a todos os netos, a todos os amigos, que queiram aqui postar as suas histórias, colocar videos, fotos e tudo o que desejarem alusivo, á Povoa, nossa terra, que se disponibilizem para o fazer; eu encarregar-me-ei de vos dar o a cesso para poderem colocar tudo o que desejarem.
Só para informação, e porque apenas eu como administrador tenho acesso a esses dados, esta página ainda ontem foi visitada por 71 visitantes, dos quais 26 se encontram fora de Portugal.
A todos os interessados em participar, solicito que enviem um mail para: jmoven@gmail.com
a solicitar o acesso, para poderem colocar todos os conteúdos e toda a informação, como o devem fazer, vos será dada.
Um abraço para todos.

domingo, setembro 29, 2013

Musica para ouvir no silêncio da noite

Musica para ouvir no silêncio da noite

Para ouvir as musicas, clique no link em baixo e depois em: "Compreendo e pretendo continuar"

http://www.blogger.com/blogin.g?blogspotURL=http://sonsnosilencio.blogspot.pt/

PAULA ESCREVEU SOBRE A POVOA

Paula disse...
Póvoa, cantinho de paz, de lembranças, de amor pela natureza. Póvoa é onde nos encontramos com nós próprios.Passei lá todas as minhas férias grandes e muitas épocas festivas, como o Natal e Páscoa.Foi na Póvoa que aprendi, com os rapazes, a assobiar, aprendi a nadar, no rio Balsemão, com as suas águas geladas e de seixos que feriam os pés, mas que eu adorava. Descia, juntamente com a Rita (amiga de Vila Real que também ali passava férias), o Souto até ao rio sempre contente e sem me preocupar com o percurso imenso que tanto custava mas não deixava de fazer.Foi naquela aldeia que fiz grandes amizades, a Nela e a Lurdes. Também tinham férias “grandes” mas era neste período que tinham mais tempo para ajudarem na lida da casa, na lavoura ou no tratamento do gado.Para estarmos juntas íamos todas para o monte e, enquanto as vacas pastavam calmamente, nós conversávamos e brincávamos. À noite brincávamos às escondidas, saltávamos à corda. Éramos muitos, a Dília, a Paula, o Jorge, o Rui, o João, o Fernando, o Nelson a Leonor, a Lurdes, a Cristina e tantos outros.Já na adolescência, os namoricos tomaram o seu percurso normal.Crescemos, casamos …E a responsabilidade do emprego, da família, dos filhos que vieram e encheram a nossa vida de uma outra forma, fez-nos esquecer como foram boas aquelas férias “grandes”.Porque é necessário levar os “putos” à escola, porque hoje o trânsito está infernal, porque é preciso ir às compras, porque há aquelas contas para pagar, porque hoje o Nuno tem natação, porque a Joana tem música, porque hoje é domingo e é preciso levar os miúdos à catequese, porque, porque, porque…Hoje parei por momentos e sentei-me no sofá, no intervalo da natação e da música. Uma nostalgia serena percorreu-me todo o corpo arrepiando-me. Quero voltar à Póvoa, tenho saudades. Quero olhar pela manhã o soito, com o sol a bater no monte, ainda meio adormecido, como que a espreguiçar-se, esticando os seus braços, sobre os castanheiros e fazendo lembrar aos passarinhos que são horas de procurar alimento e o chilrear ecoa pelo monte numa melodiosa sinfonia.Quero levar o Nuno e a Joana num passeio pelo pinhal e mostrar-lhe a paleta de cores que a natureza usa e modifica sempre que a Estação é outra.Aqueles tons castanhos, laranja e vermelhos do Outono; os mais variados verdes do Verão e todo o arco-íris das flores, fazendo com que cada uma seja mais bela do que outra, tentando captar a atenção dos insectos que rodopiam numa grande azáfama.Quero que cheirem a terra molhada os fenos secos. Quero que o avô Costa conte as suas fantásticas estórias da mocidade e nos retrate um pouco o nosso passado, por vezes difícil de entender. Quero levá-los ao berço da Moura e ao pico do monte. Quero que eles conheçam outras realidades diferentes das suas, onde as crianças, em vez de uma playstation jogam cartas enquanto o gado pasta no monte, que em vez de aulas de música, sabem, como ninguém, distinguir o canto dos pássaros e os imitam na perfeição. Quero que vejam a neve nos beirais e quero acordá-los a meio da noite para verem os flocos a cair. Quero olhar para o céu e contar as estrelas. Quero ter tempo e espaço para não pensar, só para ver e escutar.Quero ir à Póvoa………………..Teresa Paula

sexta-feira, agosto 31, 2012

Festas da Póvoa 2012


Festas da Póvoa 2012

Regressado de férias, faço,  como habitualmente, o meu comentário às festas da Póvoa.

Eu tinha interiorizado a ideia de que, talvez daqui a uma década, as festas deixassem de se realizar por falta de promotores. Longe de mim porém, a ideia de que isso pudesse acontecer tão cedo.

Não obstante o respeito que deveria merecer a deslocação de tantos filhos da Terra, a estas já «tradicionais» festividades, parece que assim não o entenderam as pessoas nomeadas como comissão promotora.

É pena que agora, que parecia ter-se reiniciado o desenvolvimento de um novo espírito comunitário, as coisas fossem suspensas tão depressa.

Ao que fui informado, já teria acontecido o mesmo com a peregrinação da Sra. da Lapa, não fora alguém oferecer-se como substituto do indigitado, para salvar a « honra do convento».

Permitam-me meus caros «compoveiros» que relembre o seguinte facto histórico ou lendário:

A peregrinação à Sra. da Lapa foi um compromisso que os nossos ancestrais – da Póvoa, Juvandes e Melcões – fizeram por si e pelos seus vindouros, em «troca» da eliminação de uma qualquer peste dos castanheiros; o que significa que, honrando a palavra dos nossos avós, deveríamos continuar a assumir tal compromisso.

Parabéns por isso aos Homens que ainda não deixaram desta vez que tal compromisso fosse quebrado!

Pelo menos neste particular, são Homens que têm os «palmos da lei» e que devem ser exaltados por isso !...

Costumamos dizer que Portugal é um grande Povo, porque deu novos mundos ao mundo...

Ora, isto não é mais do que sentirmo-nos grandes, não pelos nossos feitos hodiernos, mas sim porque vestimos, imerecidamente, as calças, já «esfrangalhadas», dos nossos «icosavós» do século XV, sem reparar-mos sequer no ridículo que é a situação, de nos sobrarem calças e não aumentar a estatura.

 É patético apropriarmo-nos de uma herança cujos preceitos testamentários não cumprimos. Mas, enfim!...

Entendo como muito fantasioso o ensino da História de Portugal que me foi ministrado na minha instrução primária, tendo no entanto por objectivo incutir-me – e conseguiu -  os valores da honra, da dignidade, engrandecimento da Pátria e seus símbolos, e defesa de seus legados e compromissos «testamentários». Confesso que esse ensino me empolgou, e por isso, aqui evoco alguns exemplos:

a)     - Nos primórdios da nossa história, por altura do cerco a Guimarães, Egas Moniz – aio de D. Afonso Henriques e ao que se pensa, nosso conterrâneo – assumiu perante o rei de Leão, para que este monarca levantasse o respectivo cerco, o compromisso de que seu amo lhe prestaria vassalagem. Como D. Afonso Henriques se furtara ao cumprimento do acordado, Egas Moniz foi, de baraço ao pescoço, oferecer ao rei de Leão, a vida sua e dos seus, como penhor da palavra dada.

        

b)     - Era dia l de Março de l476, decorria a batalha de Toro entre tropas  portuguesas e castelhanas, com grande superioridade numérica destas.

Quando o alferes Duarte de Almeida tenta libertar a bandeira  portuguesa do vilipendio espanhol, é lhe decepado o braço direito, e ele defendeu-a  só com o braço esquerdo, e, «ignorando» ainda heroicamente no calor da refrega, a perda deste segundo braço, defendeu-a com os dentes, não deixando que fosse ignominiosamente enxovalhada pelo inimigo.


c)      - D. João De Castro, vice rei da Índia entre l5OO e l548, dirigiu uma carta aos habitantes de Goa solicitando um empréstimo para a construção da fortaleza de Diu, oferecendo como penhor as suas barbas.

Recebeu dos Goeses uma soma muito maior do que solicitara, e a devolução do penhor.


Eram estes ensinamentos, talvez muito fantasiados, que tanto me empolgavam.

Sim, empolgavam-me tanto, quanto me entristece hoje saber que, principalmente aqueles que mais ufanamente se pavoneiam entre a comunidade, exibindo as suas «filactérias com as gravações dos preceitos da lei», se demitem tão facilmente das  responsabilidades comunitárias que lhes são atribuídas, e deviam assumir. 

Zé Macário 

31/08/2012

sábado, setembro 10, 2011

FESTA DA PÓVOA 2011

Ora lá estive mais uma vez na Póvoa, nas festas de Nossa Senhora do Pranto.
Três dias antes das festas, só havia quatro carros estacionados na aldeia.
Um dia antes das festas se iniciarem, o trânsito já estava todo congestionado pelos carros estacionados, e um dia depois das mesmas, a aldeia estava novamente deserta – o que quer dizer que muita gente se deslocou à Póvoa exclusivamente para participar nos festejos.
Embora um pouco menos animadas do que em anos anteriores – talvez pelo espírito da crise – decorreram no entanto com mais uma inovação.
A novidade deste ano foi a actuação de bombos e gigantones, que, com esmero, deram mais algum colorido às festividades. Pena que não fossem – como deviam – acompanhados pelos mordomos.
A missa campal – que começou meia hora mais tarde do que o anunciado - teria sido a beleza sintetizada, com actuação de um coro afinadíssimo, não fora o longo e enfadonho discurso do pregador, que, com os ombros vergados pelo carrego dos títulos (padre, doutor, vice-reitor, cónego) a deslustrou um pouco, perdido que esteve na baba das palavras, saturando as pessoas, e não encontrando forma de acabar.
Com o dinheiro que habitualmente se paga pelo sermão, poder-se-ia ter contratado um eloquente crisólogo.
A procissão foi lindíssima – como sempre.
A tarefa dos festeiros está cada vez mais facilitada, o que constitui motivo para que as festas atinjam cada vez maior brilho - pelo menos assim o esperamos todos.
Porém, porque considero muito importante a simbologia das coisas e a linguagem dos símbolos, teço ainda o seguinte comentário:
- Considero que, quando a seguir à alvorada, a banda dá a volta ao povo, vai fazer uma saudação festiva a todos e a cada morador, pelo que acho que as pessoas deviam sair à porta, e receber e corresponder a essa saudação. Ora como tal não tem acontecido, isso pode reflectir alguma falta de cortesia.
Se pode constituir motivo de «ofensa», a banda deixar algum morador sem visita, também não me parece curial que as pessoas não correspondam às respectivas saudações.
Estranha, foi a ausência de Jorge Venâncio, principal entusiasta das festas – ao que parece por impossibilidade pessoal.
Também estranhei muito não ver este ano caminhar todos inchados à frente da procissão, o presidente da junta e um tal Amândio – talvez reflexo do descrédito a que o povo começa a votar estes autarcas.
Pró ano lá estaremos, se Deus quiser.


Zé Macário

2011-09-03

O ZÉ FOI ENGANADO

Evidentemente, pode dizer-se já que o Zé foi enganado outra vez.
Não, não me enganei, porque não acredito em políticos, e muito menos nos de aviário, isto é, aqueles que nasceram no seio dos partidos, e aprenderam a colar cartazes, quando deviam frequentar a escola.
O que se esperava de Passos Coelho, era que fizesse uma revisão constitucional, e com ela, uma profunda reforma do estado.
Foi isso que foi prometido em campanha eleitoral, e era isso que era absolutamente necessário. O estado social não pode subsistir tal como está.
Ao mostrar-se incapaz de reduzir fortemente as despesas do estado, este governo não vai chegar ao fim da legislatura. Eu já não lhe dou o prometido benefício da dúvida.
Pela segunda vez na minha vida dou razão aos comunistas, quando dizem que este governo está a asfixiar os portugueses que vivem dos rendimentos do trabalho, enquanto asfixiam também a possibilidade de desenvolvimento da economia.
Não, este governo não pode durar muito.
Os socialistas apoiaram a incompetência e as mentiras de Sócrates até ao fim…
Esperemos que os sociais-democratas não apoiem até ao fim, a política errada deste governo.
Aliás, começaram já a ouvir-se as reclamações das pessoas mais avalizadas, mais respeitáveis e mais credíveis do partido.
Temos todos de vir à rua e juntar em uníssono àquelas vozes, as vozes de todos os portugueses.
Queremos que seja posta em marcha a política em que votamos, e que nos foi prometida pelos vencedores, em campanha eleitoral.
O PSD que resolva isto enquanto está a tempo, formando um governo com gente capaz de cumprir as promessas feitas.
Deixar passar muito tempo não resolve nada, só complica, e nós não estamos em tempo de poder perder tempo.
Pense-se bem quanto o país poderia ter lucrado se tivesse acabado com o governo socialista dois ou três anos antes, e o tivesse substituído por gente capaz.
O pessoal quando sair à rua, não pode dispersar exigências, mas exigir simplesmente que se cumpra o que foi prometido em campanha eleitoral, isto é, que se reduzam drasticamente as despesas do estado.
E não é com atitudes demagógicas de viajar de avião em segunda classe, para fingir que se poupam uns trocos. Não, não é com demagogia, mas com medidas a sério!
Os homens do governo sabem bem o que o país precisa e o que devem fazer, e se o não fazem, e rapidamente, é só por falta de coragem.
Ainda se pode corrigir a trajectória, mas a cada dia que passa o país vai submergindo.
Mais ainda, os governos em Portugal duram o tempo que os comunistas quiserem, e se o partido comunista se dispôs a engolir os «sapos» do PS, nunca estará disposto a engolir os do PSD.



Zé Macário

2011 / 09 / 08

Reativar este blog

Iniciado em 2005, este blogue cumpriu em parte, aquilo para que tinha sido inicialmente projetado. Com o decorrer do tempo e tal como n...